MATÉRIAS

- ALGUMAS DICAS IMPORTANTES, PARA OBTER SUCESSO NA PESCA DE PRAIA -


(CANAIS PARA PESCA)
A identificação dos canais por onde passam os peixes é necessária e simples. Uma simples visualização do movimento da ondas, vendo onde ela perde a espuma (antes de quebrar) identifica a localização dos canais. Nestes pontos já identificados é que a isca deve ser jogada, testando-se um a um cada canal. Normalmente, a praia possui três canais, com uma distância de cerca de 25 a 30 metros entre cada um, sendo que o último é o mais fundo e o mais longe. Além disto, tem-se de observar que os canais vão ser eficazes na maré cheia, sendo que, em outras marés, o ideal é o arremesso mais longo, para pontos onde os peixes se localizam. Quanto à correnteza, você deve observar seus movimentos. Em caso de maré correndo, o lançamento deve ser feito em direção ao lado oposto da correnteza, sem esticar a linha do molinete.

(AS MARÉS)
Como já comentado anteriormente, a maré que normalmente propicia melhores resultados para a pesca de praia é a cheia. Isto porque é nesse momento que começa a movimentação de todos os seres que vivem sob a areia e que são alimento natural dos peixes, que, sabendo disso, aproximam-se mais. Os pequenos animais, que são as tatuíras, sarnambis, siris, minhocas de praia, corruptos e outros, são atrativos para os peixes.

(CONDIÇÕES FÍSICAS DO LOCAL)
Quando se está procurando um local adequado para a pesca de praia, fatores como navios encalhados próximos à arrebentação, pequenas ilhas, rios que deságuam na praia, pedras e outros podem ser muito importantes. Isto porque a existência de peixes é quase que garantida nestes locais.

(CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS)
Devem servir de observação para o pescador os seguintes itens:
• Tempo nublado: pode-se pescar em beira de praia durante todo o dia, com bom proveito;
• Tempo aberto: primeiras horas do amanhecer e nas últimas do entardecer.
Outro fator a que se deve dar importância são os ventos. Procure sempre utilizar linhas o mais fina possível (pois ela vai sofrer menos a influência do vento e da correnteza). Além disso, a temperatura da água deve ser observada, pois a maioria dos peixes se afasta do litoral com o esfriamento das águas. A temperatura ideal é de 19ºC a 22ºC. 

   
 Fonte: http://www.nippobrasil.com.br/
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- PESCA DE PAMPO -


O Pampo que te quero pampo. Um dos peixes mais esportivos da modalidade.
Sempre que estamos com os pés na areia, após arrumar toda a tralha, preparar os chicotes com os anzóis, iscar com carinho e arremessar, pensamos: “Puxa, bem que podia entrar um belo de um peixe e tomar toda a linha sem parar”... Com certeza, sempre ficamos com esse pretensioso pensamento quando estamos pescando. Um dos poucos peixes que podem seguramente dar essa emoção ao pescador de praia é o pampo (Trachinotus carolinus).
Com sua força inesgotável, grande velocidade com que corta as ondas e até alguns eventuais saltos, ele chega a brigar com o robalo pelo título de peixe mais esportivo na modalidade. Os pampos podem ser encontrados nas praias de todo o país. Os maiores exemplares são encontrados a partir do litoral do Espírito Santo, em direção ao norte. A cor prata nos flancos, com o dorso esverdeado e o ventre amarelo-ouro caracterizam as cores desse valente, que chega a ser encontrado com mais de 3 kg na praia. Costuma ficar na arrebentação das ondas, na “espuma”, em busca de alimentos que se desprendem do fundo. Andam em cardumes e atacam as iscas com vontade.

 (MATERIAIS INDICADOS)
- Varas: de 3,6 a 3,9 metros, resistentes e de ação média
- Molinetes: médios e grandes, tamanho 4000 a 7000
- Linhas: pode-se usar as mais finas, com 0,18 mm ou 0,20 mm, lembrando que em algumas regiões será necessário usar náilon entre 0,25 mm e 0,30 mm devido aos grandes exemplares.
- Arranque: uma boa opção é o progressivo, que vai de 0,23 mm até 0,50 mm, ou linha normal entre 0,37 e 0,45 mm.
- Anzóis: médios, como os modelos Maruseigo 14, Mini Shiner Hook 1, Pro Hirame 15, Isumedina 14, Yamajin 2/0 e Big Surf 12 e 16.
- Iscas: o pampo é forte e veloz no ataque. Iscas médias e grandes como corrupto inteiro, camarão descascado e inteiro, minhoca de praia e tatuí são as preferidas, e que têm os melhores resultados.
- Chicotes e chumbos: pode-se usar chicotes com dois rotores, com distância de 70 ou 80 cm entre os rotores, usando também pernadas um pouco mais longas, por volta de 40 cm. Com a intenção de fixar o chumbo e deixar a pernada “trabalhando” solta, uma boa escolha são “pirâmides” de 70 a 140 gramas, dependendo da região e da força da corrente marinha na praia.

(CUIDADOS ESPECIAIS) 
Tenha certo cuidado ao preparar os chicotes para o pampo. Use, de preferência, rotores fechados, evitando os de engate rápido e munidos com snaps também reforçados que prendem o chumbo. A batida dele é forte, e alguns materiais podem romper. Ao segurar o peixe, o pescador deve ficar atento com os espinhos em seu dorso, ou o pampo lhe deixará suas marcas. 

 Autor: Marcelo Rubio Esteves
Matéria: Coluna da Revista Pesca Esportiva, Edição Nº 137/Janeiro de 2009.
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- ARREMESSOS DE PRAIA -


Uma das grandes dificuldades do iniciante na modalidade é formar seu estilo e ganhar confiança nos arremessos.
Através de seguidas e inúmeras repetições, cada pescador irá chegar ao seu modelo de arremesso ideal.
Primeiro uma questão, qual a finalidade do arremesso?
Levar o chumbo com as iscas para dentro da água?
Teoricamente sim, mas o principal objetivo a ser alcançado é “até onde“ levar a isca dento da água.
Esse é o principal foco, temos que levar as iscas pertos dos peixes, como sabemos que eles passam se alimentando nos canais, poços ou lagamares, é lá que arremessamos.
Os canais podem estar em várias distâncias.
Mas, a nível de aprendizado, devemos começar pela simplicidade do arremesso, não colocaremos potência no caniço e nem daremos passadas para efetuar o lance. 

1) Apenas parado, de lado para a praia, posicionamos o chumbo na areia (lado direito), damos um passo ao lado, de forma que se estique a linha, certificamos que a fricção esteja fechada, com o dedo “indicador” prendendo a linha na base do molinete, abrimos o “pick-up” ou alça do molinete e efetuamos o lance.


 2) Quando fazemos a alavanca tirando o chumbo da areia, a mão esquerda (para destros) dá a puxada no cabo do caniço e a direita posiciona a ponta do caniço deixando-o à 45 ou 50 graus em relação ao chão.


3) No momento da puxada em que a ponta do caniço é direcionada para a água, tiramos do dedo que segura a linha para que seja liberada.   

4) Esse movimento deve ser iniciado com cautela até o pescador adquirir confiança para colocar mais potencia e força no movimento. Com a prática e a repetição os lances se aperfeiçoarão e se tornarão automáticos ao pescador.

 Autor: Marcelo Rubio Esteves
Matéria: Fascículo da Revista Pesca Esportiva, Edição Nº 135/Novembro de 2008.

 Fonte: http://www.guiapescadepraia.com.br
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- LINHAS DE PESCA -
  

Com uma grande variedade de linhas, qual e quando usar? 
Depois da invenção das fibras sintéticas como o nylon, as linhas tiveram uma explosão no desenvolvimento com a alta tecnologia, oferecendo produtos cada vez mais resistentes e de espessuras mais finas.
Encontramos no mercado monofilamentos com estruturas moleculares diferenciadas, que ao simples movimento de esticar a linha, já eliminam amassados e imperfeições deixadas pelos peixes, no movimento do conjunto na água e na bobinagem, também um fino ajuste na confecção dos nós.

Aparentemente nas embalagens são todas iguais, mas notamos a diferença entre as marcas e principalmente nos preços, que resultam numa série de características, como na resistência à abrasão, grau de memória, baixa visibilidade e durabilidade da linha entre outras.
Hoje, uma grande tendência da modalidade de praia, é o uso de multifilamento, devido à espessura mais fina e maior resistência.
O grande desafio fica por conta do pescador gradativamente ir diminuindo a bitola “espessura” da linha usada como principal, a linha mais fina rende uma maior distância nos arremessos e torna a briga com o peixe mais esportiva. 


Quando e qual tipo de linha usar:
Normalmente começamos pela linha que faremos a “cama” do molinete, que seria a linha que colocamos no carretel antes da linha principal, essa linha que geralmente é de espessura de 0,30mm ou 0,35mm pode ser qualquer uma das mais baratas não importando sua característica ou até mesmo linhas já usadas, pois sua finalidade é de fazer um preenchimento e devido a grande quantidade de linha principal, sequer será usada.

>>Linha Principal: é nessa parte que fazemos à escolha com mais cautela, primeiro, optamos por usar entre monofilamento ou multifilamento.

Monofilamento: é a tradicional linha de nylon composta por um só fio 100% poliamida, encontraremos diferenças nas características, principalmente as que são “Flúor Coting”, que é uma camada de revestimento de flúor sobre o fio que deixa a linha mais resistente à abrasão e o tratamento UV que protege contra a ação dos raios ultravioleta (luz solar) preservando o composto químico do nylon, evitando uma modificação estética e física, como a perda do brilho e o ressecamento da linha, tendo uma maior durabilidade. Dependendo do tipo de pescaria, variamos a espessura usada, normalmente ficamos entre a 0,14mm e a 0,30mm o mais procurado por pescadores, são as embalagens “blisters” já com 300 metros.

Multifilamento: é a nova tendência que vem sendo usada na modalidade, linha composta por vários fios entrelaçados de fibra Dyneema ou Spectra, que oferece uma alta resistência e uma menor espessura, maior durabilidade tendo memória quase nula ganhando uma híper sensibilidade na pescaria. Essa nova tecnologia também é bem mais cara que a linha mono, normalmente usamos na praia as espessuras entre 0,8mm e 0,17mm.

>>Linha do arranque: quando usamos monofilamento, temos duas opções:
Ou fazemos o arranque que é o dobro da medida do caniço com uma linha mais grossa também de nylon, entre 0,37mm e 0,45mm ou usamos um arranque cônico já pronto de fábrica. Para a multifilamento, usamos também um arranque de monofilamento com as medidas acima ou usamos linhas de flúor carbono. 


>>Linha do chicote e pernada: para fazer tanto o chicote ou as pernadas, o pescador pode normalmente usar o nylon comum com as espessuras entre 0,40mm e 0,50mm. Para as pernadas, a linha de “flúor carbono” é a mais indicada, além de ser mais resistente, matem sempre as pernadas mais soltas e sem embolar. Mesmo que com a ação do peixe ela venha a amassar ou torcer, basta esticá-la e ela volta ao normal, também pode ser usada para fazer os chicotes. Essas linhas custam em média R$40,00 um carretel com 50 metros.
 
>>Diâmetro, resistência e cor: o diâmetro “espessura” da linha vem marcada nos carretéis e nas embalagens em milímetros, junto com a resistência, que é marcado em libras “lb” ou em quilos “kg”. Exemplo: Linha (0,20mm) – 10lb ou 4,5kg (arredondado)
1 libra = 0,45359237 quilogramas
A cor vai da preferência de cada pescador, transparentes ou coloridas como verde, laranja, azul, marrom ou algumas vermelhas que indicam baixa visibilidade, fica a critério de cada um e análise dos resultados em futuras pescarias, apenas no conjunto terminal que são os chicotes e pernadas eu prefiro usar as transparentes.

Quando devo trocar a linha?

Esta é uma análise criteriosa feita pelo pescador, se perceber que a linha já está à muito tempo no molinete, está sem brilho, ou em alguns pontos estar áspera como lixada, já passou da hora de ser trocada.
Encontramos no mercado boas linhas na média de R$12,00 a R$30,00 que duram relativamente bem e de muito boa resistência, não vale a pena correr o risco de perder um bom peixe por negligência com o material.
 
Conservação das linhas:
A durabilidade da linha vai depender muito do tempo utilização, forma e conservação. Algumas praias possuem fundos e areias diferentes que podem agredir “lixar” o nylon ou não, enrosco, pedras, molinetes podem estar com o rolamento do destorcedor não lubrificado e a linha ser recolhida toda torcida, aditivos químicos usados na lubrificação, enfim muitos são os fatores que vão determinar a durabilidade da linha. Porém uma simples medida pode ser feita para conservamos a linha, após as pescarias, lavamos os carretéis em água doce e corrente por alguns minutos e depois os deixamos dentro de um recipiente com água, afim, de retirar o máximo de sal possível reduzindo resíduos na linha. 


 Autor: Marcelo Rubio Esteves
Matéria: Coluna da Revista Pesca Esportiva, Edição Nº 146/Outubro de 2009.


 Fonte: http://www.guiapescadepraia.com.br 
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